Aquele banco, para aquelas duas pessoas sentadas, guardava muita coisa. Muitos abraços saudosos, muitos olhares cúmplices, muitos beijos molhados, muitos sentimentos materializados em carinho. Talvez por ser um lugar tão importante para eles, aquela conversa tinha de ser ali. Os dois se encaram com o mesmo carinho, mas havia algo estranho. O homem começou falar, ele usava movia muito as mãos, parecia nervoso, parecia fazer rodeios. A Mulher, como sempre havia sido de sua personalidade, foi direta. Os dois pareciam se acusar gentilmente, ainda havia carinho, talvez até amor, mas parecia faltar vontade. Ela falou algo, algo que o paralisou, mas não o surpreendeu. Ele acenou a cabeça concordando, mas ainda de modo relutante. Os dois ficaram em silêncio.
Seus olhos se encontraram, e era claro que uma maré de pensamento varria os dois. "Aquilo era mesmo o melhor? O certo?" parecia exalar de cada respiração de ambos. O Garoto começou a falar, e como o garoto que era parecia querer achar uma resposta pro inexplicável, uma solução para o insolúvel. A Mulher, diferente dele, foi contundente. O homem entendeu. Se resignou. Ambos olharam em direções divergentes. Pareciam procurar palavras novamente.
A menina então olhou para o Homem, olhos marejados, e falou algo, que fez os olhos do menino se encherem de lágrimas, mas nada caiu. Então ela levantou, e como a mulher que era saiu em passos firmes. A Menina pensou em olhar pra trás, dar uma ultima prova de afeto, mas como a mulher que era, sabia que só tornaria mais doloroso. O menino pensou em correr, abraçar, beijar, mas como o Homem que era, sabia que era inevitável que aquilo ocorresse. Seus olhos de bebe quase transbordaram aquela água proibida enquanto via ela se afastar. "Homem não chora, ora bolas" Não chora? Depois de perder ela de vista ele também começou a caminhar. Aquele andar vacilante de um recém aleijado, aleijado de coração, aleijado de alma.
Aquele banco, que estava lá nos abraços saudosos, nos olhares cúmplices, nos beijos molhados, nos sentimentos materializados em carinho, e nas palavras que findaram tudo isso, continuou ali. Se ele tiver alma, talvez tenha chorado com o fim. Mas se ele tivesse boca, talvez lhes dissese que ele vai continuar ali, e quem sabe um dia, eles voltassem a sorrir sentados naquele lugar.
A menina então olhou para o Homem, olhos marejados, e falou algo, que fez os olhos do menino se encherem de lágrimas, mas nada caiu. Então ela levantou, e como a mulher que era saiu em passos firmes. A Menina pensou em olhar pra trás, dar uma ultima prova de afeto, mas como a mulher que era, sabia que só tornaria mais doloroso. O menino pensou em correr, abraçar, beijar, mas como o Homem que era, sabia que era inevitável que aquilo ocorresse. Seus olhos de bebe quase transbordaram aquela água proibida enquanto via ela se afastar. "Homem não chora, ora bolas" Não chora? Depois de perder ela de vista ele também começou a caminhar. Aquele andar vacilante de um recém aleijado, aleijado de coração, aleijado de alma.
Aquele banco, que estava lá nos abraços saudosos, nos olhares cúmplices, nos beijos molhados, nos sentimentos materializados em carinho, e nas palavras que findaram tudo isso, continuou ali. Se ele tiver alma, talvez tenha chorado com o fim. Mas se ele tivesse boca, talvez lhes dissese que ele vai continuar ali, e quem sabe um dia, eles voltassem a sorrir sentados naquele lugar.
Cleiton Costa.
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