sexta-feira, 29 de abril de 2011

Priscila um nome que inspira.

-
Será que na sua tenra infância já disseram para Priscila que as nuvens não eram de algodão?E que os ventos às vezes erram a direção? Será que já partiram o seu coração?Será que já te ofereceram á mão?Priscila digna de uma rima, Priscila (uma personalidade) um nome que inspira.
Mas quem será a Priscila?
Será que é mais uma garota que se esconde, atrás de um nome qualquer?
Não aparece pra mim, não aparece pra ninguém. Priscila segundo a definição significa pequena idosa, mas me indago sempre. A Priscila que eu conheço não tem nada de idoso  e nem é pequena ,ela é tão viva , tão cheia de cores,os seus olhos amendoados falam mais do que qualquer sorriso amarelo sem graça que estou acostumada a ver todos os dias.Será que Priscila é como uma borboleta que pousa nas flores e nas pedras e não machuca suas asas? Priscila parecia ser uma menina erudita em seus pensamentos e lembranças, hora ou outra tinha um olhar fúnebre que iam tocando cada vez mais a linha do infinito. Sempre falarei da Priscila nos tempos presente, passado e futuro. 
Sempre falarei da Priscila como uma pessoa desconhecida pra mim, por mais que eu tente defini-la nunca conseguirei.
Priscila tinha os seus pensamentos fincados no mundo da lua. Priscila por vezes não abria a boca pra dizer o que os marcianos compartilhavam com ela, sempre achava que quando abrisse a boca os conservadores iriam dizer que suas palavras eram abstratas demais para virar arte. Priscila indisciplina? Quem entende essa menina? Os que a conhece terão que perdoar a sua incapacidade para seguir regras. 
Priscila não conseguia contar a sua história com marionetes de uma língua. As suas invenções eram livres e tinham voz própria. Não fazia ventriloquismo com a sua poesia da sua vida. Priscila tinha uma sede insaciável pelo desconhecido.
Dentro dela não existiam muros, trincheiras e barreiras, ela era exposição fatal. A leveza da dor a carregava livre. Ela é pressagio revelação.
Priscila não era minha amiga, era só mais uma conhecida, porém ela trazia inspiração.
Ela era uma garota que o poeta só se pode escrever uma vez, no auge de personalidade intrigante. Tão distante e inacessível, mas ao mesmo tempo tão poética que  inspira para escrever sobre a doce Priscila.
Priscila era cheia de desejos. Tinha desejos que nunca contou para ninguém, pois descobriu que tem coisa que não se diz e outras tantas o cara mais legal do mundo ouve quando o universo dorme. O travesseiro, sempre ele, fiel, quieto, amigo. Oferece conforto e abraça a sua cuca preocupada. Priscila dorme no mundo real e sonha na sua consciência virtual.

Dormiu durante um longo tempo, sonhando com os desejos, mas acordou com vozes de homens que diziam o que nem surdo queria ouvir por isso voltou a dormir e a acreditar (porque as palavras humanas são altamente destrutivas)
Quantas vezes os covardes passavam pelos salões da vida de Priscila rindo das suas idéias revolucionárias, porém ela não ligava até achava bom quando se sentiam no topo e quando gargalhavam, assim eles eram impedidos de ouvir os passos que trazem a verdadeira revolução.
Afinal quem andará no mundo (lua) vasto de Priscila? Quem terminará a sua rima?Latina,Divina,Morfina,Indisciplina,Tranquila,Ilumina...
Quem decifrará os sonhos psicóticos dessa menina? Priscila nome que inspira, mas não cabe em uma rima.
-

terça-feira, 26 de abril de 2011

Sonhei e ainda sonho.




Agora mesmo tive um sonho. Sonhei, e ainda sonho, talvez sonho acordado, talvez sonho pensando, talvez sonho vivenciando o meu sonho. Sonho com a liberdade, não uma liberdade que me faz praticar coisas vazias de sentido, em formas vazias de viver, influenciado por pessoas cheias de vazios. Já rejeitei a liberdade que me prende na busca desvairada pela felicidade, porque essa busca é o ópio da humanidade. Sonhei e ainda sonho, por isso, aposto numa liberdade que me impulsiona a servir, não servir o meu pior, mas o meu melhor, não o melhor que faço, mas o melhor que sou. Acredito na liberdade liberta do egoísmo do Eu, vivendo a completude do Nós. Na verdade, na verdade, desejo intensamente a Liberdade que me põe defronte do Ideal que transcende a própria vida.
   Sonhei, e ainda sonho, com a Vida, não a que todos dizem que devo viver, porque agradá-los, talvez seja usar a chave do fracasso e prender a liberdade de viver. Já rejeitei a vida centrada no Sucesso, conquista esta que enche os olhos, mas esvazia o coração, presenteia o ego, mas rouba-lhe a Liberdade, ganha o mundo, mas perde a alma. Luto contra a vida que tem desesperado medo da morte, porque quem tem desesperado medo dela, não conhece verdadeiramente a Vida. Compreendo que só quem tem Vida antes da morte, poderá desfrutar da Vida após a morte. Sonhei e ainda sonho, em não mais viver a vida como se ela fosse para o amanhã, mas para o agora, um agora que não esteja ancorado num passado, nem num presente, nem, muito menos, num futuro, um agora, ancorado num Propósito Eterno. Deixo de viver uma vida aflita por fugir loucamente das adversidades, da dor, dos infortúnios, porque quem não sabe lidar com isso, nunca será capaz de aprender a viver, e quem não aprende a viver é um eterno escravo desta vida.      Aprendo que a verdadeira Sabedoria nos liberta por ensinar a conviver com esses momentos angustiantes com muita Vida. Acredito que não se aprende a viver comprando fórmulas de sabedoria, até porque, a genuína Sabedoria não se vende, se dá de graça, mas só encontra verdadeiramente o seu Dono quem encontra a Vida, e talvez, o seu Dono seja a própria Vida.
Sonhei, e ainda sonho, com a Verdade, não uma verdade que hoje é, amanha já não é mais, essa verdade é destituída de Sentido, essa verdade é vazia de verdade, essa verdade nos ilude com a mentira, uma mentira sempre se utiliza de outras para se disfarçar de verdade, talvez seja por isso, que nos iludimos com a verdade-mentira, ou com a mentira-verdade? Mas sei que muitas verdades são relativas, e devemos utilizá-las, não amá-las. Já parei de viver tentando descobrir caminhos na vida para encontrar a Verdade, também, já parei de viver buscando o caminho da verdade para encontrar a vida, porque a verdade está no caminho, no caminho já está a própria vida cheia de verdade. Descobri que o homem cria suas verdades para esconder as mentiras da alma. Por isso, acredito na verdade que cria o homem dotado de alma.
Sonhei, e ainda sonho, com o Amor, não o amor que todos dizem ter, não o amor enganado pela paixão do momento, porque só sabe o que é um verdadeiro amor quem já experimentou o tempo do perdão. Não acredito no amor que não se entrega, porque quem não se entrega não experimentou o que é amar. Não acredito num amor que não vê os defeitos, mas que os vendo, prefere valorizar as qualidades. Não acredito no amor que não sofre, amor que não sofre é semente que não nasce, semente que não nasce não tem raiz, é só paixão. Mas, também não acredito num amor que não faz loucuras pela pessoa amada, acredito num amor apaixonado, contudo que não deixe de ser amor. Aposto no amor que transforma, amor que não transforma é planta que não cresce, amor que não se transforma morre. Sonho com um amor que viva a completude das diferenças. Mas não concordo com o amor que não cede em nome da diferença. Não me iludo com o amor em nome de uma religiosidade, porque esse amor é muito circunstancial. Acredito no amor que ás vezes é incompreendido, mas a tudo suporta, tudo espera... Acredito num amor que vai além do “eu te amo”, pois amar é mais que um verbo a ser conjugado por um eu, é uma vida a ser entregue por nós...
Sonhei, e ainda sonho com o tempo, não um tempo que cura as feridas da alma, porque o tempo não é um santo remédio, no máximo ele adormece a alma ferida ou a ferida da alma... Ou, o tempo é só tempo? Sonho com o tempo que aponta o verdadeiro remédio para as chagas. Sonho com o tempo que o relógio pare para ver a humanidade viver... Não um tempo que não espera por ninguém, não um tempo que é tudo ao mesmo tempo, não um tempo que passa por dinheiro; espero um tempo que nos possibilite desfrutarmos as estações, um tempo que me faça compreender que há tempo para tudo. Não sei se não acredito no tempo que não foi feito para o homem, ou se não acredito no homem que diz ter feito o tempo para si. Entretanto, sonho que novos tempos virão onde viverei plenamente os meus sonhos...
Sonhei, e ainda sonho, que a eternidade pode começar aqui, mas não é aqui... Bem como o inferno. Minha compreensão não me deixa crer que faz-se eternidade vivendo a intensidade de um segundo, isso é ilusão. Contra-argumento que o eterno jamais será provisório, mas o provisório pode apontar para o eterno. Não sonho com a pobreza, mas já não mais espero a riqueza para ser feliz. Não vivo exclusivamente para meus amigos, mas sem amigos não sei o que o mundo seria. Descubro que a religiosidade é vã, quero me afastar dela cada vez mais, mas não deixo meu Cristo por nada nesta vida, nem sob pena de morte. Se me dissessem: “Cristo não existe”. Eu diria: “vai-te existência porque eu quero é Cristo!”. Sonhei e ainda sonho, porque não quero mais viver nesta terra se eu não viver para expressar tudo isso para quem eu puder... Porque não fui criado para ser egoísta, nem muito menos ser infeliz... Sonho com muito mais, isso só é o começo do meu sonho... Porque quem não sonha já morreu; sonhar é ter Esperança... Então, vivamos a Esperança de Plenos Sonhos.
Lucas Nascimento.






Me encontrava em um lugar escaço, sujo e desfalecido.
Meu coração sempre vazio e abatido
Até que te encontrei,não me disse nada, só me amou.
Tirou-me do lamaçal do pecado, justificou-me, fez minhas vestes limpas
Lutei contra um exercito poderoso, venci porque Tu Senhor estava comigo.
Apresso-me agora em fazer a Tua vontade, descanso nos meus questionamentos.
Sei que todas as respostas virão, minha alma em Ti espera.
Sempre com amor me respondeu, nunca me deixou só
E quando a dúvida veio falar comigo, dos céus teve misericordia de mim!
Ó Senhor, o que direi eu por todos os Teus beneficios? Meu coração se enche de gratidão, mas com palavras não consigo descrever!
Tenho agora somente um coração desejoso
Desejoso a não entristecer o Teu Santo Espirito.
Toma minha causa em Tuas mãos

Sei que agora mesmo pode mudar o meu coração duvidoso.

Que o meu salmo toque exclusivamente o TEU coração!
Por : Luana Nunes

Sem amor nada serei.








(...) Se não tiver Amor serei semelhante ao som chato e solitário de um ferreiro moldando o aço ou o bronze.
E ainda que eu tivesse a capacidade extra-sensorial da cartomante ou do sábio, e conhecesse todas as formas de dobrar as forças da natureza, e ainda que tivesse todo o poder, de maneira tal que manipulasse poções, transportasse os montes e as pessoas apenas pela autoridade dos meus "atos proféticos" ou encantamentos, e não tivesse amor, nada seria. Ainda que eu pensasse ser alguma coisa... Nada seria...
E mesmo que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, vítimas de enchentes e terremotos, etíopes ou animais em extinção e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado vivo, mas fizesse todas estas coisas apenas para ser admirado ou até mesmo para tirar algum proveito, gerar mídia espontânea ou descontos no Imposto de Renda, nada disso me aproveitaria. Continuaria vazio...
O amor não é masoquista, mas é sofredor, é paradoxalmente bondoso quando recebe mal; o amor não é invejoso; o amor não dá as mãos com superficialidade, mas abraça calorosamente, se entrega e não fica de nariz em pé.   
Não é a favor do escândalo, nem que sejam os escândalos vingados dos seus inimigos. O amor não se entrega somente por prazer, sem vínculo com a vida. É claro que o amor também está presente no ato sexual de quem e em quem há compromisso selado do tamanho da Vida, vivida em fidelidade. Mas ele, o amor, o verdadeiro amor, não pode ser simplesmente robotizado, embonecado, banalizado eroticamente. Não funciona assim.
Não busca os seus próprios interesses, não se encoleriza dramática e irreversivelmente, não levanta falso testemunho; não se entrega à injustiça, mas luta pela verdade;
Tudo sofre, calado às vezes, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. Até o que nos parece mais insensato e digno de vingança é deixado pra lá e perdoado por amor.
O amor nunca falha; nunca mesmo... mesmo que lhe pareça o contrário. Mas havendo prognósticos, bênçãos ou maldições ao futuro, serão desfeitos; havendo línguas angelicais, histéricas e descomprometidas com a verdade, se calarão; havendo conhecimento, qualquer conhecimento, será esquecido;
Porque, em parte, conhecemos, e em parte nos tornamos "poderosos" e até "profetas";
Mas, quando vier Aquele que é perfeito, então o que o é pela metade será deixado de lado.
Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino... queria ser bombeiro, astronauta, super-homem, mago, até mesmo bispo e apóstolo... Mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com estas brincadeiras de menino... e preferi ser apenas servo... do Amor.
Porque agora estamos diante de um enigma, ninguém realmente sabe como será o "futuro", alguns desconfiam e palpitam fervorosamente sobre o que seja, tentam acertar ou descobrir como será, mas ninguém realmente sabe com certeza. Então chegará o dia quanto todos nós, pequenos e grandes, O veremos face a face; agora vemos apenas as sombras, mas já está vindo o dia que O conheceremos como se conhece o bom amigo, o amigo a quem contamos as coisas mais íntimas, os segredos mais guardados e nos recebe alegremente em sua casa. O amigo que conhecemos apenas pelo "alô!" ao telefone ou no olhar que esconde nosso segredo confiado em segurança.
Neste momento ainda permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor amado de graça, sem fingimento e sem hipocrisia. O Amor que anda de mãos dadas com a bondade e a misericórdia todos os dias.
(Texto baseado em I Coríntios 13) 
Fonte:Ovelha magra

Quem sou eu




''Quem sou eu sem o meu rosto? Quem é ele sem o rosto dele? Nos reconheceríamos sem a referência física de quem somos com aquela cara, aquele corpo, aquelas características que muitos dizem não ser o que somos de fato? Somos oque somos por dentro. Somos oque somos por fora. A conexão disso, nos totaliza. Mas e o rosto? Os olhos. O portal da indizível luminosidade de loucura que nos faz únicos. Somos oque somos lá dentro. Mas precisamos do real. Do palpável. A dificuldade da conexão humana passa por isso, não? Nos vemos, nossos exteriores, tão incríveis, bilhões e bilhões de seres com sua própria cara, digital e corpo único. Significativo. Não desprezível de consideração. Tudo que transmitimos aos outros passa pelo rosto, pelos gestos, pela presença. O todo a mais, é pura fé. Acreditar na existência ainda mais bela e superior de cada gente além de seus corpos, é crer. Como crer em Deus. Abstrato. Enigmático. Intransponível. Nossos corpos são portais de universos inteiros. Talvez ainda mais belos que todas as galáxias e estrelas juntas. Como sondar? Como se convencer que isso pode ser real? Ainda que se tenha uma intimidade bem próxima, o Outro, ainda assim será, um mistério. Alguma transparência acontece quando ultrapassa-se a barreira dos controles, do padrão, do apreciável, mas no geral, ninguém quer se ver muito além de corpo e membros. Ah! beleza oculta. Quanta beleza nos privamos de ver... é como olhar o céu, apenas pra ver se está chovendo. É tão mais que isso. As coisas que não se vêem a olho nu. Ir a janela apenas para ver se ainda chove. Mas tem todas aquelas pessoas passando. São mais que corpos, ou esboços de gente a passar. São estrelas. Fazem parte desse céu. Falta-me essa surpresa diária, confesso. Reclamo do vazio, por mergulhar no raso. Gente é tão mais dentro. O desejo de pertencer. Fazer parte. Talvez resida aí a razão para as histórias de amor serem tão marcantes. A gente mergulha um pouco mais. Vê além, e gosta do que vê. Um abre o portal para o outro, escancaram-se as janelas do ser. Amar é um troço muito delicado. Vai mil passos a mais do que beijos e corpos ardendo. Quer se engolir o outro. Todo. A gente quer tocar lá dentro. Quando penso nisso, sinto como se fosse duas. A que sou fisicamente, e a que sou lá dentro do espelho, aquela que tanto me constrange quando a olho. Sou estranha a mim mesma, como não ser aos meus semelhantes? Como ser amada, sendo tão desconhecida até pra mim?... Um amigo disse um dia: Descomplique-se! Mas, como se faz isso, se pensar é tão inevitável?... Falta-me leveza. E uma dose imensa de um certo alguém que não me vê, ou me vê demais, e que se acerta tão bem comigo dos olhos pra fora, mas que tão inconciliáveis somos, dos olhos pra dentro... Quero algúem pra segurar a minha mão. Não, não essa que escreve. Essa aqui, que abana desvairadamente, janela d'alma a fora. Eu, por dentro, A LOUCA.''